O verdadeiro valor do sacerdócio - Por Nádia Duarte
- Equipe Deus Existe
- 9 de ago. de 2016
- 3 min de leitura

É com muita alegria que nesta matéria nós da Comunidade Católica Deus Existe podemos expressar o nosso amor pelos sacerdotes e pelo seu sim à Cristo e à sua Igreja. Para tanto, desejamos homenageá-los com esta matéria frisando a importância do sacerdócio para a Igreja.
Todavia, para haver uma clara compreensão da riqueza do sacerdócio se faz necessário algumas observações. Primeiramente precisamos nos recordar que o sacerdócio não foi inventado pela Igreja, mas pelo próprio Deus que desde o início da história da salvação elegeu homens para serem Seus ministros aqui nesta terra, como é o caso de Melquisedec, sacerdote e rei de Salém. Para tanto, com a vinda do Cristo, o “eterno e sumo sacerdote”, Ele inaugura um novo sacerdócio, dando continuidade à função de Melquisedec (Cf.: Hb 5, 6), mas é claro, com a perfeição que Ele mesmo confere à antiga lei. Tanto, que ao instituir a Eucaristia ele usa de duas espécies, o vinho e o pão, as mesmas usadas por Melquisedec.
Fazendo uma má interpretação da Sagrada Escritura há quem proteste dizendo que Cristo criou um novo sacerdócio, de caráter universal, aberto a todos. Defendem que todos formam um povo sacerdotal, mas desprezam a função do sacerdócio ministerial. Bom, é preciso entender que sim! todos os fiéis pela graça do Batismo formam com Cristo um povo sacerdotal, que é chamado pelo Magistério da Igreja de sacerdócio comum dos fiéis mas há, o que os protestantes ignoram, o sacerdócio ministerial.
A carta aos Hebreus, afirma que “todo sumo sacerdote é tirado do meio dos homens e constituído em favor dos homens em suas relações com Deus. Sua função é oferecer dons e sacrifícios pelos pecados...
Pelo que deve oferecer sacrifícios tantos pelos pecados do povo quanto pelos seus próprios” (Hb 5, 1.3).
Segundo o Catecismo da Igreja (§ 1592) “o sacerdócio ministerial difere essencialmente do sacerdócio comum dos fiéis porque confere um poder sagrado para o serviço dos fiéis. Os ministros ordenados exercem seu serviço no povo de Deus mediante a ensinamento (munus docendi), o culto divino (munus liturgicum) e pelo governo pastoral (munus regendi).”
Acerca da Eucaristia, uma graça que só os ministros ordenados oferecem à nós. Na narração da Instituição segundo São Lucas, o evangelista conta que assim que terminou de falar Jesus disse: “Fazei isso em minha me-mória” (Lc 22,19). Já São Paulo apóstolo na Carta aos Coríntios rememora que “Todas as vezes, pois, que comeis desse pão e bebeis desse cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha”(1 Cor 11, 26), o que nos leva a entender que os apóstolos praticaram o que o próprio Jesus os ensinou, desde aquela época. Esta graça que viviam, é precisamente a graça que temos ainda hoje graças à apostolicidade da Igreja Católica, pois andamos e vivemos nas pegadas dos apóstolos, que por sua vez em tudo fizeram a fim de imitar o Cristo.
Entendemos que se vivemos hoje a força que emana dos sacramentos, é porque houve e há homens que tiveram a coragem de dar seu sim ao chamado de Deus, por isso disse Santa Edwirges a um sacerdote com muita gratidão e reverência: “Bendito seja quem fez Jesus descer do Céu e O deu a mim.” Por tanto, peçamos à Jesus, por intercessão de São João Maria Vianey, padroeiro dos sacerdotes, que os nossos corações uma vez agradecidos ao sacerdote, lhes sejamos amorosos, afáveis e misericordiosos.
Nádia Duarte Prata
Membro Consagrada da CCDE
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