Juventude Santa - Histórias de jovens que alcançaram a Santidade e hoje são exemplos para toda a Igr
- Equipe Deus Existe
- 31 de mai. de 2016
- 11 min de leitura

Quem participou do segundo Acampamento "A Igreja é viva, a Igreja é jovem" pôde contemplar no palco do "Bentão" (Centro de Evangelização) um banner com imagens de jovens que marcaram a história da Igreja pelo testemunho de amor que deram a Jesus Cristo.
Para muitos estes beatos e santos eram desconhecidos por isso preparamos um pequeno resumo da história de cada um deles para que conhecendo possamos amar e contar ainda mais com esta poderosa intercessão!

Santa Terezinha do Menino Jesus
Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja
“Não quero ser santa pela metade, escolho tudo”.
A santa de hoje nasceu em Alençon (França) em 1873 e morreu no ano de 1897. Santa Teresinha não só descobriu que no coração da Igreja sua vocação era o amor, como também sabia que o seu coração – e o de todos nós – foi feito para amar. Nascida de família modesta e temente a Deus, seus pais (Luís e Zélia) tiveram oito filhos antes da caçula Teresa: quatro morreram com pouca idade, restando em vida as quatro irmãs da santa (Maria, Paulina, Leônia e Celina). Teresinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas em Lisieux, com a autorização do Papa Leão XIII. Sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.
Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja. Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o Pai, livre, igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e, tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou um lindo e possível caminho de santidade: infância espiritual.
O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária “desde a criação do mundo até a consumação dos séculos”. Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia “História de uma alma” e, como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam a Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra.
Morreu de tuberculose, com apenas 24 anos, no dia 30 de setembro de 1897 dizendo suas últimas palavras: “Oh!…amo-O. Deus meu,…amo-Vos!”
Após sua morte, aconteceu a publicação de seus escritos. A chuva de rosas, de milagres e de graças de todo o gênero. A beatificação em 1923, a canonização em 1925 e declarada “Patrona Universal das Missões Católicas” em 1927, atos do Papa Pio XI. E a 19 de outubro de 1997, o Papa João Paulo II proclamou Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face doutora da Igreja.
Beato Pier Giorgio Frassati

Os que pensam que os santos são pessoas tímidas e solitárias, que depreciam esta vida só pensando na outra, ficarão surpreendidos diante da figura do beato Pier Giorgio Frassati. Verdadeiro brincalhão, apelidado de “Robespierre” por seus amigos, com quem formou a associação denominada “I tipi loschi” – os tipos arruaceiros. Frassati foi um amigo dos pobres e via neles o Cristo. São especialmente os jovens, que em sua busca por um modelo, encontram alguém com quem se identificar, já que Pier Giorgio fez de sua curta vida uma “aventura maravilhosa”. Ele amou os pobres e humilhados; ele dedicou a sua vida a fazer-lhes bem. Ele os procurou nos cantos mais distantes da cidade, passando por escuros e tortuosos caminhos, foi para dentro da obscuridade e da miserabilidade dos atos alheios, trazendo consigo o pão que restaurava seus corpos e a palavra que confortava as suas almas. Tudo partindo de seu bolso e de seu coração foi destinado aos outros. Ele nasceu para os outros e não para si próprio. Ele foi de fato, um verdadeiro cristão.
São João Paulo II


João Paulo II nasceu no dia 18 de maio de 1920 na cidade de Wadovice na Polônia sob o nome de Karol Wojtyla. Sua história está totalmente ligada a história do seu país, oprimido até a 1ª Guerra Mundial e em sua grande maioria católico. A Polônia era praticamente uma vitoriosa em meio a tantos países vizinhos protestantes e ortodoxos. Ali, ser católico era motivo de orgulho a pátria e o nosso papa João Paulo II, desde criança, foi um católico fervoroso e muito nacionalista.
Os primeiros passos na Igreja Católica
Tinha o sonho de ser ator e aos 19 anos seu maior sonho era ajudar a Polônia a vencer a guerra e queria fazer isso através do teatro, utilizando-o como "arma" para "ganhar espíritos". A Polônia tinha sido invadida por Hitler e os nazistas haviam proibido qualquer tipo de missa ou seminário mas em 1942, com 22 anos, entrou para o seminário “clandestinamente” e surpreendeu a todos quando anunciou que queria ser padre. A intenção continuava a mesma, mas agora tinha o propósito da Igreja Católica por trás de dela.
João Paulo II manteve-se firme e tranquilo durante todo o processo principalmente contra os comunistas que eram contra o catolicismo e com seu carisma e diplomacia conseguiu subir rapidamente na hierarquia da Igreja Católica. No dia 1º de novembro de 1946 aconteceu a sua ordenação sacerdotal na Cracóvia e em 1948 após a sua gradução como doutor, voltou a Polônia onde foi vigário e capelão dos Universitários.
A nomeação como Papa
Em 1960, a Igreja Católica na Polônia vivia o momento oposto da Igreja Católica no Ocidente. Enquanto uma era muito respeitada e admirada a outra ia de mal a pior. Por conta disso, em 1962 o Papa João XXIII convocou o “Concílio do Vaticano” com o intuito de de modernizar o catolicismo e reverter a atual situação que a Igreja se encontrava.
João Paulo II, recém promovido a bispo, foi um dos convidados do Concílio e sua participação foi muito firme e discreta, fato que despertou o interesse do Papa VI (sucessor de João XXIII) em querer escutar mais as suas propostas e ideias. Karol foi responsável por influenciar muitas realizações na Igreja até a morte do Papa VI e a fatídica morte do Papa João Paulo I (seu sucessor) que morreu após 33 dias no cargo. Diante dessa situação, houve uma votação e com 99 votos de 108 era eleito como novo papa, Karol Wojtyla, que escolheu o nome de João Paulo II em homenagem aos seus 3 antecessores.
Realizações e fatos
Na missa inaugural, João Paulo II declarou publicamente a sua vontade de estar com os poloneses. Nunca um Papa tinha entrado em um bloco comunista, mas sob ameaça de revolta, o dirigente na época foi obrigado a ceder e proporcionar ao povo uma visita de 8 dias a sua terra Natal sendo recebido pelo grito “queremos Deus”.
Em 1981, sofreu um atentado onde levou dois tiros e por pouco não morreu. Até hoje não se sabe quem foram os responsáveis, mas desconfia-se da participação de algum governo comunista. Mesmo depois disso, o Papa seguiu firme nos seus propósitos e continuou criticando os comunistas e usava suas armas mais fortes: diplomacia agressiva, espionagem e encontros secretos. Prova de seu carisma e popularidade foi o encontro de diversos líderes religiosos em 1986 onde a seu pedido houve uma trégua mundial que foi respeitada em várias nações em guerra. Inclusive, foi um dos grandes responsáveis pela queda do comunismo.
Em 1991, lutou contra a queda dos costumes da Igreja e também contra os escândalos de pedofilia na igreja americana além de lutar também dentro da própria Igreja onde acusou muitos dérigos e teólogos que defendiam casamento de padres, ordenação de mulheres e outras teses polêmicas.
No final de seu pontificado, já estava com a saúde bem debilitada e sofrendo do mal de Parkinson e com dificuldades para falar, respirar e andar teve que parar com as viagens que lhe renderam o carinhoso título de “grande missionário” e também com as aparições em público. Canonização
A trajetória do Papa João Paulo II até o pontificado é cheia de fé, coragem e determinação e não podemos deixar de exaltar esses elementos como fatores essenciais para a sua canonização e popularidade até nos dias de hoje.

Beata Chiara Luce
Em 1971, nasceu na Itália uma menina chamada Chiara Badano. Viveu apenas 19 anos. Teve câncer nos ossos, perdeu o movimento das pernas e morreu em 1990. Em 2010, o Papa Bento XVI autoriza a sua beatificação, ocorrida em 25 de setembro desse ano, após a comprovação de um milagre ocorrido por sua intercessão.
Apelidada de Chiara “Luce”, refletiria no rosto, na alegria e no sorriso constante a luz de Cristo, para levá-lO a todos. Com tão pouco tempo de vida e nos dois anos que passou lutando contra a doença, foi exatamente isso o que ela fez.
Chiara “Luce” Badano viveu em um ambiente familiar de muita fé. Diagnosticada a doença, perguntou à sua mãe: “Mãe, é justo morrer aos dezessete anos?” E ela respondeu: “Não sei; só sei que é preciso fazer a vontade de Deus”.
E Chiara o fez por toda a vida. Na escola, no barzinho, em casa, nos esportes que gostava de praticar e, mais tarde, quando já não podia mais sair do quarto e os amigos vinham visitá-la, nas coisas mais simples e nos momentos mais difíceis, só lhe importava a vontade de Deus. E não perdia o sorriso no rosto, como se nada lhe custasse e fosse a pessoa mais feliz do mundo.
Na verdade, era. Descobriu o amor de Deus em todas as coisas que a rodeavam. Descobriu que a santidade estava em amar a Deus e, por causa desse amor de correspondência, fazer tudo como Ele gostaria que fosse feito. Sem precisar deixar o mundo, a alegria do encontro com os amigos ou da convivência com a família, as festas e os esportes. Mas vivendo tudo com muita simplicidade, com Deus e por amor a Ele, colocando a Sua Vontade em primeiro lugar.
Suas últimas palavras na terra foram dirigidas à sua mãe: “Tchau, mamãe. Seja feliz, porque eu sou feliz”.
Chiara “Luce” veio a este mundo para mostrar que a santidade é possível, é uma meta realizável, atingível. Que todos podem ser tão felizes quanto ela, que está no Céu para interceder junto a Deus pelos que quiserem aceitar esse desafio.

São Domingos Sávio
Este jovem santo ofereceu a sua juventude por amor a Deus e Maria Santíssima
Este santo viveu o lema “Antes morrer do que pecar”.
Nascido em Turim, na Itália, no ano de 1842, Domingos conheceu muito cedo Dom Bosco e participou do Oratório – lugar de formação integral – onde seu coração se apaixonou por Jesus e Nossa Senhora Auxiliadora.
Pequeno na estatura, mas gigante na busca de corresponder ao chamado à santidade, foi um ícone da alegria de ser santo. Um jovem comum, que buscava cumprir os seus deveres e amava a vida de oração.
Com a saúde fragilizada, faleceu com apenas 15 anos.

Santa Maria Goretti
A virgem e mártir encantou e continua enriquecendo os cristãos com seu testemunho de “sim” a Deus e “não” ao pecado. Nascida em Corinaldo, centro da Itália, era de família pobre, numerosa e camponesa, mas muito temente a Deus.
Com a morte do pai, Maria Goretti, com os seus, foram morar num local perto de Roma, sob o mesmo teto de uma família composta por um pai viúvo e dois filhos, sendo um deles Alexandre. Aconteceu que este jovem por várias vezes tentou seduzir Goretti, que ficava em casa para cuidar dos irmãozinhos. E por ser uma menina temente a Deus, sua resposta era cheia de maturidade: “Não, não, Deus não quer; é pecado!”
Santa Maria Goretti, certa vez, estava em casa e em oração, por isso quando o jovem, que era de maior estatura e idade, tentou novamente seduzi-la, Goretti resistiu com mais um grande não. A resposta de Alexandre foram 14 facadas, enquanto da parte de Goretti, percebemos a santidade, na confidência à sua mãe: “Sim, o perdôo… Lá no céu, rogarei para que ele se arrependa… Quero que ele esteja junto comigo na glória eterna”.
O martírio desta adolescente, de apenas 12 anos, foi a causa da conversão do jovem assassino, que depois de sair da cadeia esteve com as 400 mil pessoas, na Praça de São Pedro, na ocasião da canonização dessa santa, e ao lado da mãe dela, que o perdoou também.
Santa Maria Goretti manteve-se pura e santa por causa do seu amor a Deus, por isso na glória reina com Cristo.

Beata Laura Vicuña
Laura Vicuña foi a primeira filha do matrimônio de José Domingo Vicuña e Mercedes Pino. Seu pai era militar e pertencia a uma família da alta sociedade chilena; sua mãe, por sua vez, vinha de um estrato social mais baixo, motivo de não ter sido de pleno agrado da família de seu esposo.
No fim do século XIX, o Chile se encontrava em uma Guerra Civil e de Sucessão. Em um dos lados na disputa se achava Cláudio Vicuña, um parente distante de José Domingo, a quem queriam fazer o sucessor do presidente José Manuel Balmaceda. Vicuña não aceitou o cargo e iniciou-se uma perseguição a toda a família Vicuña, obrigando os membros da mesma a buscar rotas ao exílio do país.
Em 1894, logo após o nascimento da segunda filha do casal, Júlia Amanda, José Domingo faleceu, deixando a sua esposa e filhas sem fundos, sem um futuro claro ou horizontes que pudessem seguir, além do risco decorrente de carregar o sobrenome Vicuña. Como uma medida desesperada, as três decidem ir à Argentina para esconder-se por um tempo, enquanto os conflitos no Chile continuassem.
Laura realizou sua primeira comunhão em 2 de junho de 1901, onde manifesta sua vocação de amor a Deus e expressa sua vontade de servi-lo, demonstrando-se inclusive disposta a entregar sua vida em vez de pecar. Ofereceu a Jesus e Maria Santíssima a sua vida pela conversão de sua família. Devido a sua profunda conexão com Deus, muitas companheiras pensavam que Laura se acreditava superior a elas, uma vez que passava recreios completos rezando na capela do colégio. Apesar de sua pouca idade, já possuía uma grande maturidade, a qual permitiu conhecer os problemas de sua mãe e notar o quão distante se encontrava de Deus. Isto a motivou a rezar todos os dias pela conversão de sua mãe.
Um dia, Laura opta por entregar sua vida em troca da salvação de sua mãe. Este pedido foi escutado e, em poucos meses, caiu enferma, piorando sua saúde conforme avançava sua enfermidade. Em uma visita com sua mãe, o padrasto a agride, deixando-a ferida em sua cama. Antes de morrer, Laura pede a sua mãe:
“ Morro; eu mesma o pedi a Jesus. Faz dois anos que ofereci minha vida por ti, para pedir a graça de sua conversão, mamãe. Antes de morrer, terei a sorte de ver-te arrependida? ”
Mercedes, com os olhos marejados, lhe responde: "Te juro que farei o que me pedes. Deus é testemunha de minha promessa." Finalmente, Laura sorri e diz a sua mãe:"Graças, Jesus! Graças, María! Adeus, mamãe! Agora morro contente!" Assim morreu Laura Vicuña Pino, entregando sua vida para a conversão de sua mãe.

São Tarcísio
Tarcísio foi um mártir da Igreja dos primeiros séculos, vítima da perseguição do imperador Valeriano, em Roma, Itália. Ele era acólito do Papa Xisto II, servindo ao altar nos serviços secundários, acompanhando o Santo Papa na celebração eucarística.
Durante o período das perseguições, os cristãos eram presos, processados e condenados a morrer pelo martírio. Nas prisões, eles desejavam receber o conforto final da Eucaristia. O Papa Sisto II queria levar o Pão Sagrado a mais um grupo de mártires que esperavam a execução, mas não sabia como.
Foi quando Tarcísio pediu ao Santo Papa que o deixasse tentar, pois não entregaria as hóstias a nenhum pagão. Ele tinha doze anos de idade. Comovido, o Papa S isto II o abençoou e lhe deu uma caixinha de prata com as hóstias. Mas Tarcísio não conseguiu chegar à cadeia.
No caminho foi identificado e como se recusou a dizer e entregar o que portava, foi abatido e apedrejado até morrer. Depois de morto, foi revistado e nada acharam do Sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, simpatizante dos cristãos, que o levou às catacumbas, onde foi sepultado.
Seu corpo repousa na Basílica de são Silvestre, em Roma.

Santo Antônio de Pádua
Conheceu a família dos Franciscanos, encantou-se pelo testemunho dos mártires em Marrocos, e levou uma vida itinerante na santa pobreza
O popular santo – doutor da Igreja – nasceu em Lisboa, no ano de 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231, por isso é conhecido como Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua. O nome de batismo dele era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo.
Ainda jovem pertenceu à Ordem dos Cônegos Regulares, tanto que pôde estudar Filosofia e Teologia, em Coimbra, até ser ordenado sacerdote. Não encontrou dificuldade nos estudos, porque era de inteligência e memória formidáveis, acompanhadas por grande zelo apostólico e santidade. Aconteceu que em Portugal, onde estava, Antônio conheceu a família dos Franciscanos, que não só o encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, como também o arrastou para a vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças.
Ao ir para Marrocos, Antônio ficou tão doente que teve de voltar, mas providencialmente foi ao encontro do “Pobre de Assis”, o qual lhe autorizou a ensinar aos frades as ciências que não atrapalhassem os irmãos de viverem o Santo Evangelho. Neste sentido, Santo Antônio não fez muito, pois seu maior destaque foi na vivência e pregação do Evangelho, o que era confirmado por muitos milagres, além de auxiliar no combate à Seita dos Cátaros e Albigenses, os quais isoladamente viviam uma falsa doutrina e pobreza. Santo Antônio serviu sua família franciscana através da ocupação de altos cargos de serviço na Ordem, isto até morrer com 36 anos para esta vida e entrar para a Vida Eterna.
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